tag:blogger.com,1999:blog-18340112278165807882024-02-07T03:14:00.297-03:00arrosteizôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.comBlogger63125tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-77250366797395026852010-12-01T23:24:00.001-02:002010-12-01T23:24:58.253-02:00TROQUEI DE BLOG.<br /><br />http://arrostei.blogspot.com/<br /><br /><br />:)zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-66837209184242626902010-09-25T18:23:00.002-03:002010-09-25T18:39:37.442-03:00A intensidade da vontade de lançar-me a você é a quase a mesma de tentar me afastar.<br />Engraçado, o comodismo acabou em comodismo. Antes comigo e agora com você.<br />A diferença é que o meu comodismo se transformou em amor e teu amor se transformou em comodismo. Como lidar com isso agora?<br />As situações se inverteram e quem passa por maus bocados agora, sou eu.<br />Queria ignorar tudo isso, mas estaria ignorando a mim mesma para ouvir você e acho que já fiz isso por tempo suficiente.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-65096416106464728112010-07-17T20:03:00.002-03:002010-07-17T23:48:32.317-03:00Que me diz de ser engolido?<br />Sim, empurrado goela abaixo e ir se debatendo por todo o esôfago, caindo desconfortávelmente no estômago e digerido de qualquer jeito.<br />Hein? Que me diz?<br />A pressa é tanta de te consumir que mal percebem se é doce ou ácido. Gostam disso, não dá trabalho para a mente, e sinceramente acho que você também gosta.<br />A praticidade de engolir e ser engolido é incrível, mesmo que faça mal mais tarde.<br />Consomem o que é visto, sem se dar ao trabalho de sentir o cheiro fétido que é exalado.<br />Passa mal? Cá estou lhe mostrando o motivo da tua disenteria.<br />Sim, chamo de disenteria isso que acontece em sua mente porque o mal estar, se não é o mesmo, é pior.<br />E quando é saboreado? Já teve a chance de ser saboreado?<br />Quando cada centímetro quadrado do seu ser é degustado com calma, estudado, questionado.<br />Faz com que cada um que te experimente, que te saboreie provoque alguma reação dentro de você. Não existe degustação unilateral, é recíproco e acontece em sincronia. A ingestão é mútua.<br />Não te culpo se nunca passou por isso, só acho que deve prestar mais atenção ao que poe na sua boca.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-18002953270333320292010-04-09T23:05:00.004-03:002010-05-11T23:20:09.239-03:00EcoOlhei para o espelho naquela manhã, tentei ser simpática mas ele cuspiu em mim.<br />Cuspiu em mim tudo o que estava bem no fundo do seu reflexo, do reflexo dos meus olhos e do reflexo do reflexo dos meus olhos.<br />Tudo escorrendo com detalhes e uma calma incríveis sobre mim, como pôde? Misturou todos os meus anseios e minhas certezas de forma grotesca e me mostrou. Mostrou e não se deu por satisfeito, conseguiu realmente me convencer que aquilo, que sempre andou dentro de mim, estava agora longe demais e difícil de se tornar real.<br />Distorceu tudo e me ludibriou tão bem que lhe tenho até admiração. Creio que ele planejava aquele bote há tempos porque me pegou da maneira mais frágil, enquanto sorria.<br />Não olhei mais para ele por um bom tempo, e com o passar dos dias fui me acostumando àquela realidade que foi posta literalmente diante de mim. Costume, sim. Não pensei mais sobre aquilo, mal conversava comigo mesma e os dias foram correndo. Passava longe dos espelhos por receio, não conseguindo ver o quão desgrenhada estava.<br />Em raros momentos em que meus olhos e pensamentos não estavam fixos em várias outras coisas "importantes", encontrava meus dedos dançando alguma coisa, me via fazendo caretas para crianças no ônibus, desenhando cogumelos nas bordas das folhas do caderno e imaginando a vida das pessoas que passavam por mim na rua, qual era o nome do gato delas e o que tinha dentro de todas aquelas pastas e maletas.<br />Fui emergindo de dentro de mim aos poucos, como uma raíz concretada o faria, espontanea e vagarosamente sem dar satisfações. Fiz muita falta à mim mesma.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-80231765901853601832010-03-11T19:48:00.002-03:002010-03-11T19:59:28.633-03:00É desconfortável admitir que se foi...<br />Depois de misturado o amarelo, o azul sempre será verde.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-6828024996385406022010-02-17T18:15:00.002-02:002010-02-17T18:38:01.798-02:00O abajour se tornou meu sol. Não havia nuvens em meu quarto pálido.<br />Ao som minimalista da orquestra rodoviária, meus pensamentos eram embalados em pacotes de papel pardo e mandados para longe. Onde, quando alguém o recebesse, iria abrir e sorrir com apenas um canto da boca e pensaria em mim por uns 10 minutos. Já era suficiente.<br />Mesmo no inverno, gosto de deixar uma perna para fora do cobertor, gelada. É incrível sentir duas coisas ao mesmo tempo, mesmo agora, me sinto feliz e melancólica e não sei aonde quero chegar com esse papo mole.<br />Acho que não quero ir a lugar algum, tenho meu sol bem em cima do meu criado mudo, que está ao meu lado. Os outros planetas giram no teto do meu quarto, um ao redor do outro e gosto de acompanha-los com os olhos. Por que há necessidade de se ter um ponto fixo em um raciocínio? Eu raciocino em função do agora. Creio que chove de leve lá fora, ou talvez tenha sido algum outro instrumento que despertou no meio da música.<br />Em certo momento minha cama parece estar à deriva, com movimentos leves e tranquilos. Sempre imaginei isso quando criança, antes de dormir... que minha cama estava à deriva, à noite. Claro, porque já disse...meu sol é meu abajour e o alcance de iluminação dele se limita ao meu conforto. E meu conforto no momento não passa da sensação que se tem quando se abraça a toalha quentinha que foi deixada no sol, aguardando que eu saísse da piscina.<br />Agora é que me veio à cabeça, onde estarão meus sapatos que estavam guardados debaixo da cama? Se bem que não pode se chamar de guardado uma coisa que foi apenas empurrada pra um lugar escuro, fora do campo de visão. Meus sapatos não estavam guardados mas sim no aguardo. No aguardo do surgimento dos meus calcanhares pra fora da cama, no aguardo de serem puxados apressadamente para a claridade do abajour e serem calçados. Mas no momento prefiro ficar descalça, observando meus pés se moverem ao som da música (são bons dançarinos quando não estão se movendo com o resto do meu corpo).zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-49773377570929750262010-02-17T18:02:00.002-02:002010-02-17T18:14:36.929-02:00Apesar dos meus dedos não agirem, os obrigo a se moverem, escrevendo.<br />Parece que minha mente se recusa a abrir, mede cada palavra que desperta com despreso.<br />Só o fato de ter começado dessa forma já me enoja...sempre que começo um texto é explicando que não sei sobre o que vou dissertar mas mesmo assim acabo fazendo e apago o começo onde explicava tal coisa.<br />Na realidade, o que realmente surgem à minha mente são frases e situações soltas...<br />Hoje por exemplo, me veio sobre a morte de alguém. Alguém que quisesse ser enterrado com flores sobre os olhos. Sempre anoto esse tipo de coisa pra tentar agrupar tudo algum dia, só que esse dia não chegou ainda.<br />O que é mais certo ainda, é que odeio escrever sobre mim. Assim, diretamente...odeio muito então não vejo motivos pra continuar escrevendo essa merda aqui.<br />Daqui a pouco eu volto e escrevo outra coisa.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-21446559575138402022009-12-07T19:50:00.002-02:002009-12-07T20:12:28.772-02:00-Tudo bem?<br /><br />Tudo bem? Então é assim que me pergunta, com essa cara fosca e esse olhar sem anseios? Quer mesmo saber o que se passar ou me pergunta por inescrupuloso polimento da nossa convivência?<br />Percebo que não quer me responder, não é? Tudo bem. TUDO BEM.<br />Insiste não com palavras mas parado a minha frente esperando uma resposta não é? O que? Esperava apenas por um 'sim, estou bem...e você?' se arrependeu agora? Pois sim! Agora é que vai ouvir, lhe direi detalhadamente como anda meu espirito, como perambula por entre as cortinas espessas dos meus pensamentos , como corre de um quintal para outro quintal repercutindo no meu dia a dia e até o motivo por qual lhe falo dessa forma.<br />Sim, lhe direi tudo...sem pestanejar, sem pausas, com todos o detalhamento que é devido. Eu vou te dizer sim, com o dedo na sua fuça se for necessário, se assim me convir. Te intupirei com minhas indagações sobre a vida e como me sinto perante todas as pessoas, todos os meus amigos. Direi até, se quiser ouvir...meus segredos. Se isso for esclarecedor de alguma forma para a tua pessoa, porque pela sua cara já não está te agradando...NÃO! Não diga nada. Se me perguntou uma vez como estou, se estou bem...agora ouça. E vai ter de ouvir tudo, sem gaguejar desculpas para se retirar nem fingir que tem hora marcada em algum lugar, pois aí sim, terá um motivo pra ter se arrependido. Ah, mas você pode fazer pior...pode sim. Falso interesse...acho que essa foi sua primeira motivação ao me perguntar isso, estou errada? Ora, nada tenho contra a tua pessoa...mas não se pode fingir uma coisa dessas, vê...se fingir se interessar pelo o que digo e não for verdadeiro - olha que percebo isso, seu imundo - VAIS TER UM PROBLEMA DE VERDADE.<br />Sim, terás. Pois não estou aqui de palhaço, nem para matar teu tempo...ora. Se me faz uma pergunta, é porque quer saber. Embora normalmente as pessoas extraiam as informações que desejam, impiedosamente como uma seringa que penetra no seu corpo, aparentemente para o seu bem e é retirado precisamente a informação necessária. Obviamente a informação não está na resposta para a pergunta sobre a sua realidade, a pergunta 'tudo bem?', o 'tudo bem' é apenas um pretexto, é só para não evidenciar a usurpação de quem pergunta.<br />Veja, mas mesmo assim, se ainda quer saber o que se passa comigo não leve a mal todas essas minhas indagações...não é voluntário. Estou me protegendo e te protegendo também. Protegendo-nos de nós mesmos. Ora, vejo que ficou impaciente...não fique. Quero muito conversar com você e dividir minhas aflições. Mas o momento agora não me parece bom...adeus.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-65326044750915847512009-11-08T17:24:00.005-02:002009-11-08T17:32:53.386-02:00-Ah, é que quando a gente se conheceu, enfim, você se lembra? Bom...eu não sei, foi um tempo bom pra mim...am...er...acho que é por que era Verão.Eu gosto do calor, às vezes, sabe...foi quando a gente se conheceu e tal...eu comecei a ficar mais feliz, minhas notas no colégio melhoraram e am...eu não sei bem por que foi que eu fiquei mais feliz aquela época, sabe...foi quando eu ganhei aquele livro do meu pai, éé...deve ter sido por causa do livro, eu lembro que fui te mostrar em seguida e você estava lá e am...era um livro muito bom.<br />-É, eu me lembro.<br />-Ah, você se lembra...bom, que ótimo.Você consegue imaginar o por que da minha felicidade? Ah eu não sei bem, de um tempo pra cá tenho sorrido mais e cantarolado enquanto faço minhas coisas hahahaha é uma coisa bem à toa, eu lembro de você com certa frequência, sabe...das coisas que nós conversamos , de um tempo pra cá...eu...bom...<br />-É, eu notei. Tenho ficado feliz também.<br />-Sério? Acho que é o clima, definitivamente...os dias estão bonitos e creio que...<br />-Acho que é porque a gente se ama.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-41373017154412071072009-11-01T15:43:00.002-02:002009-11-01T16:00:16.562-02:00Hoje eu vou relatar um sonho que tive essa noite e que foi no mínimo intrigante.<br /><br />A cena que dou como o 'começo do sonho' aconteceu em uma vila que ficava em um campo verde, as casas se estendiam por entre e sobre as montanhas, não eram muitas...eu estava na varanda de uma delas, de frente para um lago e me lembro de ficar preocupada sobre apreciar aquilo depressa porque tinha que ir embora...<br />A outra cena já se passava dentro de uma casa (deduzi que era a casa da varanda em que estava) e eu abria as gavetas de uma cômoda procurando minhas coisas pra ir embora, tinha alguém junto comigo mas eu não me lembro quem era...até que eu achei um baú com muitos brinquedos da minha infância.Eu peguei um por um e abracei cada um deles, mesmo sabendo que eu estava atrasada para partir...minha mãe entrou no quarto e me avisou para andar logo e eu o fiz.<br />Depois disso me vi andando descalça com alguém numa estrada de terra fofa, conversando sobre qualquer coisa quando eu vejo um chave antiga no chão e no mesmo momento que eu fui pegar a chave pra guardar apareceu um menininho de mais ou menos uns sete anos me perguntando se eu tinha visto a chave do celeiro dos quadrúpedes (sim, ele disse isso) aí eu peguei a chave que estava no chão e achei mais outra, uma chave nova e dei as duas a ele, que foi embora.<br />Após essa parte do sonho, eu estava dentro da casa desse menininho ( que se chamava Estevan) fazendo carinho em sua cabeça e ele me abraçava muito, teve um momento em que ele me abraçou e soletrou algo ao meu ouvido, não consegui entender o que era...parecia que eu tinha que partir outra vez.Vi minha priminha em um canto da casa, sorrindo, a peguei no colo e mordi sua barriga depois a deixei no chão e fui embora para a casa da Bruna, minha amiga que tinha ido me buscar.Mas ao chegar lá a casa dela era uma mansão gigantesca com muitos corredores e escadas,havia muitas pessoas andando de um lado para o outro para irem para as suas casas, como se todas elas morassem naquela mansão...eu não reconheci ninguém. Até um momento em que a bruna me disse para irmos para o quarto dela e saiu andando na minha frente e eu tentei segui-la mas ela acabou se misturando às outras pessoas, fazendo com que eu a perdesse de vista...me perdi em sua casa.Andei mais um pouco, sozinha e chamando pelo o seu nome e encontrei uma escada muito alta e resolvi descer por lá, mas os degraus eram extremamente altos e com um piso muito curto, o que dificultou muito a minha descida mas mesmo assim eu fui...haviam crianças descendo junto comigo.Quando finalmente faltavam poucos degraus para eu terminar de descer a Kakau aparece, chegou ofegante e parecia que tinha vindo correndo ao meu encontro e descia por uma escada muito mais simples...eu sai da escada que percorria e terminei a descia em sua companhia.Quando chegamos lá em baixo, encontramos meu irmão e fomos pra um lugar com muitas lojas, de uma delas minha mãe saiu e ficamos juntos.<br /><br />aí eu acordei hahazôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-49860141632278733192009-10-19T20:24:00.002-02:002009-10-19T22:48:06.656-02:00Eis que tenho uma má notícia, que me foi contada de sopetão sem questionar se queria ser ouvida.Entrou pelos meus ouvidos e parece que lateja nos caminhos e vertentes de minha mente tentando encontrar, em vão, a saída.<br />Eis que tenho uma má notícia, desmoronei em cima de mim mesma, agora nem sei mais o que se passa.<br />Eis que tenho uma má notícia, não consigo sentir dor apesar de tudo isso.Devia? Parece que a sensação de desnorteamento seria a mais provável na posição em que me encontro mas quanto mais me dou conta dos fatos mais me sinto em meu lugar.Em meu lugar dentro de mim, sem questionamento.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-71324253624690824552009-10-17T14:53:00.002-03:002009-10-17T15:26:17.363-03:00Ah...você sabe disso.Ele não me dá a mesma importancia que eu dou a ele...ele provavelmente não pensa em mim e nem sequer sabe se meu cabelo é liso ou tem cachos.<br />Talvez não saiba e nem se importe em saber, com certeza me misturo totalmente à multidão quando ele passa o olho por ela, não chamo sua atenção, não atiço sua curiosidade.<br />Me acha sem graça, sem personalidade, cinza.<br />Não dá continuidade às minhas conversas, acha minha idéia fraca, pensa sozinho que eu não tenho talento algum pra nada e queira se ver livre de minha presença o quanto antes sem nem saber se conclui minhas frases ou não, parar a discussão extremamente leviana no meio e me mandar à merda.<br />É,eu acho que é isso...e você também sempre soube disso, por que não me disse?<br />Ah, eu disse antes, você só concordou.<br />Eu sei...eu sei.<br />Acho que vou ligar pra ele hoje.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-55581892211668401642009-10-17T01:30:00.003-03:002009-10-18T18:25:56.655-02:00É,eu sei que estou errada...sempre soube.<br />Mas o que posso fazer?Estar errada me deu tempo, me criou uma situação comoda apesar de não o ser para os outros.<br />Mas desde quando descobri que estava realmente errada e não certa dentro de outro contexto?Bom...eu não sei.Pode ser que eu descubra mais tarde, mas deixa pra mais tarde.<br />Alias, quero discutir isso.Não estive tão errada assim, visto que fiz o que tinha que ser feito e se problemas surgiram agora foram por conta de coisas boas que aconteceram antes.Enquanto essas coisas boas aconteciam num tinha nada de errado...<br />Tudo que é errado já foi certo alguma vez?Se já foi certo, se distorceu?<br />Se distorceu por conta de ser certo demais? Por que a coisa certa se tornou errada?<br />Por que o agradável se tornou dor de cabeça, lágrimas, suspiros de preocupação?<br />Por que eu deixei? Não,creio que não.Não acho que seja uma coisa que dependa de mim.<br />As coisas certas tomam um rumo errado por si só então.<br />Sim, eu sei...estou fugindo.<br />Creio que é da natureza humana distorcer o que é agradável, causar o caos, ver o circo pegar fogo.Como um exemplo simples podemos ver crianças brincando, em algum momento a boneca de uma está sem cabelo, a da outra sem um olho, os outros dois se batem por causa do mesmo carrinho e por aí vai.Eis o prazer...o prazer...o prazer em que?Como se denomina esse tipo de sentimento?Eu não sei...só sei que não consigo manter as coisas direito.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-74543591443283082222009-10-05T18:52:00.004-03:002009-10-19T20:29:27.804-02:00'Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6h30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar um tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?'<br />Buk,Factótum.<br /><br /><br />muito bom,muito bom...zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-14227178065474224812009-09-28T23:04:00.002-03:002009-09-28T23:19:02.566-03:00Viajar à noite.<br />Obrigar-se a tomar um banho de chuva sozinho.<br />Colocar o rosto para fora da janela com o carro em movimento.<br />Pular em uma cama elástica.<br /><br />Tentar lavar,inutilmente,a sua alma.Como se suas aflições se esvaissem com a água na sarjeta,com o vento pelo fim da estrada,com a escuridão.<br />Até que os vagalumes começam a aparecer,seus dedos estão tão frios que não consegue mais senti-los e seu cabelo esteja totalmente emaranhado.<br />Você ainda está só,ainda tem suas aflições,mas está limpo.Limpo de tal forma que seu corpo se torna mais leve e seus passos já se formam de outra maneira,para outro caminho talvez.<br />Limpo,temporariamente.Seus pensamentos não se tornam nada além de um grande suspiro...um suspiro infinito para aquele momento.Limpo,um suspiro macio sem hesitações.Um suspiro que não tem de ser esperançoso,apenas limpo.<br />Uma solidão necessária.Para que o suspiro ecoe num mundo só seu,onde só você o ouça e até o veja.<br />Um suspiro azul que lhe enxe o peito e mesmo depois de esvaziá-lo parece que continua lá.É,talvez ele esteja sempre lá...guardadozôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-28226271460375501912009-09-20T00:07:00.002-03:002009-10-19T20:31:20.973-02:00Sei lá,t odo mundo que eu conheço tem parecido tão competitivo aos meus ouvidos ultimamente.Tenho me sentindo realmente desconfortável no meio dos meus próprios amigos por conta disso, tudo é motivo pra crítica pejorativa ou observações banais que eu nem sequer pedi...<br />Pessoas que falam demais, se movimentam rápido demais, sabem demais ou sabem de tudo realmente estão me atazanando<br />Talvez seja realmente o momento certo pra eu dizer à eles "Desculpem-me caros senhores que de tudo sabem, tenho que me recolher à minha insignificancia".<br />Insignificancia...é esse o ponto.Eu sou o suficientemente significativa pra mim, e talvez para uma ou outra pessoa também e sinceramente isso já me é o bastante...diferente dos que convivo que precisam mostrar à todo instante o quão bons eles são em tudo que fazem e dizem...sabe, eu realmente não me importo em me vangloriar por nada.Admito em dizer que antes eu até me importava, mas hoje não mais.Se ouço alguma calúnia ser dita, me calo e me divirto sozinha com a mediocridade de quem disse, não me dou ao trabalho de 'ensinar' ou mostrar pra pessoa o quão errada ela está e até expo-la ao ridículo...não, não faço isso.<br />Dentro da minha mente eu me divirto sozinha, sei o que sou e tenho uma leve noção de tudo que sei, isso já é mais do que o suficiente.Pra mim, é claro...é estranho, soa como se eu estivesse me vangloriando por algo, o que poria toda essa discussão por terra já que eu estou criticando exatamente isso...não estou me vangloriando, apenas me explicando sei lá por qual motivo.Enfim, ou sou insuportávelmente inteligente nesse contexto ou agradabilíssimamente burra.Ao meu ver, claro.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-27047055204997798942009-09-10T20:08:00.000-03:002009-09-10T20:09:53.415-03:00um ponto de vista é apenas uma visão de um ponto.<br />Tem tantos outros...zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-52555726215111110882009-09-05T18:31:00.002-03:002009-09-05T19:27:51.777-03:00Nosso diálogo começou quando te chamei pra sair você fez aquela careta.Não exatamente aquela careta,fez uma que eu vi poucas vezes,com a boca mais puxada para à esquerda,o nariz e os olhos sem mudar de forma e uma das sombrancelhas levantadas.Insisti.Você coçou a cabeça e murmurou alguma coisa,fiz manha e você hesitou um pouco,logo depois de ter dado aquele suspiro longo e preguiçoso sorrindo no final,e com uma voz morna proferiu alguma reclamaçãozinha demonstrando um certo tipo de desânimo,eu sabia bem que não era desânimo própriamente dito por causa do sorriso que você deu,por ter abaixado pra beijar minha cabeça.Cantarolou alguma coisa,brincando com meus cachos logo em seguida e indo comigo.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-4305600750258389042009-08-31T20:34:00.002-03:002009-08-31T21:17:39.548-03:00Mudança faz parte da vida.É uma coisa pela qual o ser humano está um tanto quanto habituado e não tem como nem por que lutar contra as mudanças,que surgem das mais variadas formas e acontecem repentinamente ou não.Já havia passado muitas vezes pela experiência de notar mudanças em um espaço longo de tempo,quando se reflete sobre tudo que aconteceu e suspira no final,nesse caso a mudança acontece devagar e preguiçosamente e você só nota quando o vento sopra diferente sobre o seu rosto.<br />Mas meu questionamento central hoje não é esse,é exatamente o inverso.Quando a mudança surge de repente na frente dos teus olhos,aparece na porta da sua casa e te faz abrir os olhos.É quando você sente que está passando por algo,que vai alcançar alguma coisa mas só não sabe o que.Como se estivesse num quarto escuro e começassem a te levantar sem motivo,você não entende nada e só continua subindo sem rumo.Subindo pro céu,pras nuvens,pras estrelhas,para o nada.Se bem que nem importa,o deleite da subida já é o suficiente,a vertigem que sente ao olhar pra baixo é muito mais valiosa do que a sensação de dormir no início e só abrir os olhos no fim da viagem.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-36391327737467705652009-08-06T21:07:00.000-03:002009-08-06T21:08:14.277-03:00"Sentaram-se os dois num dos degraus e ficaram olhando a noite.Fechavam-se as portas do teatro,apagavam-se as luzes do pórtico.Olívia encostou o diploma no olho esquerdo,à maneira de binóculo,fechou o olho direito e ficou a mirar o céu.<br />-Que estarão fazendo lá na Lua a esta hora?<br />Eugênio transformou também o diploma em binóculo e assestou-o para a Lua:<br />-Sabes o que estou vendo lá em cima?Uma moça e um rapaz que acabaram de ganhar seus diplomas e não sabem o que é que vão fazer com eles.<br />-Deixa disso.Na Lua não há diplomas.Sabes o que é que eu vejo?A moça está com um vestido emprestado.<br />Eugênio sorriu,fingiu graduar o binóculo:<br />-Olha,o smoking dele é alugado...<br />Era estranho...Julgava-se incapaz de fazer aquela confissão a quem quer que fosse.No entanto fazia-a espontaneamente à Olívia,sem corar,sem se sentir diminuído"<br />Olhai os lírios do campo,Erico Veríssimozôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-15363123045614333712009-08-02T00:02:00.002-03:002009-08-02T00:21:45.179-03:00"E agora?"<br />É,foi o que eu me perguntei quando você passou e piscou pra mim,sem que eu esperasse...<br />Piscou,e não foi apenas uma piscadela...foi o ínicio ou a continuação de alguma coisa que estava guardada em mim e que eu não acreditei que eu iria assumir algum dia.<br />Me senti preenchida novamente,senti que pertencia a alguém.<br />Conseguia ouvir os grilos cantando de novo,prestava atenção ao colorido das roupas das pessoas e me sentia bem.<br />Mas...e agora?Não sei se você vai voltar,e não sei se quero que volte...<br />Poderia ficar sonhando sempre com aquele instante sem que me encomodassem,sonhando sempre com o que poderia ter sido,me manter numa eterna nostalgia.<br />Soa como algo covarde,mas para mim é bastante confortável...<br />Confortável apenas para alguém covarde,na realidade.Mas não deixa de ser confortável...zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-69547560420315842982009-07-12T23:08:00.002-03:002009-07-12T23:37:09.103-03:00PARA DE ME PERSEGUIR!<br />gritou dessa vez,não aguentando mais aquela situação.Desde que ele apareceu em sua vida ela se sentia observada quando saia para dar uma volta sozinha à noite mas nunca foi um encomodo,sempre foi uma das melhores companhias que ela já teve.Mas agora não.Tinha certeza que todos os seus movimentos estavam sendo medidos,que os olhos que a acompanhavam agora não a penetravam mais,mas a dilaceravam em várias partes que iam ficando pela calçada e não havia absolutamente nada que ela pudesse fazer.Agora nem certeza de seu caminho ela tinha,totalmente atordoada pela observadora que cismava em lhe fixar a nuca,os ombros.Ela podia sentir.<br />Sentou-se no meio fio,tentou dialogar.Disse que antes não era desse jeito,disse que era algo importante para ela e que antes se sentia extremamente bem sendo observada assim.Disse que depois que ele foi embora nada mais foi igual,nada mais.Nem seus passeios,nem sua companheira e observadora íntima estão as mesmas.<br />Levantou de súbito,envolta por uma raiva descomunal e gritou de novo para que parasse de olhar pra ela e seguir seus passos.<br />Mas a Lua nunca realmente desistiu.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-26930544241246750442009-07-07T14:38:00.001-03:002009-07-07T14:38:49.083-03:00Não sabia bem se aquele momento era importante,mas sentiu o sangue circular mais rápido e a necessidade de ocupar suas mãos com alguma coisa.Não adianta,mas é mais confortável.Queria saber o que dizer em uma hora daquelas,ter uma reação programada e se sentir segura o suficiente para não chorar embora a vontade a apertasse e era tão desconfortável quanto uma coleira para um cachorro gordo.Aqueles segundos eram importantes,ela sabia de alguma forma.E a saudade depois?Como fica?Como seguiria sua vida,se ela estava subindo naquele ônibus e seu corpo ficando para trás?Porque era isso que ela parecia,apenas a pele e ossos quando o abraço terminou.<br />Despedidas assim acontecem a todo tempo,ela realmente estava acostumada a isso pois trabalhava naquela maldita estação de trem a uns anos...<br />Via os casais e gostava de se imaginar ali,na janela do trem que partia fazendo juras de amor para alguém que ficava.<br />Ela permanecia assim em transe,pensando nessas cenas até que alguém batesse no vidro do seu balcão para comprar um bilhete para algum lugar.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-39883825498957573642009-06-28T11:23:00.002-03:002009-06-28T11:26:32.679-03:00"Lucille jamais me compreenderia; gosto de muitas coisas ao mesmo tempo, e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de um destino falido para outro, até desistir. Assim é a noite, é isso o que ela faz com você;eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser a minha própria confusão."<br />Jack Kerouac , On The Roadzôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1834011227816580788.post-67215935480549881602009-06-14T01:04:00.003-03:002009-06-14T12:29:42.706-03:00De que adianta se com o tempo meus pés se movem em direções e velocidade diferentes se em minha cabeça os pensamentos continuam se movendo na mesma velocidade e em circulos?<br />Talvez devesse andar de ponta cabeça e cochilar a maior parte do tempo,talvez fosse melhor.<br />Meu espírito e minhas memórias continuam as mesmas,indiferentemente do lugar onde eu esteja,eis o problema.Fugir de você tornou-se fugir de mim mesma.Fugir de uma história mal contada,parece que o doce foi tirado de minhas mãos antes de eu conseguir dar a primeira mordida.<br />E droga,como eu queria dar essa primeira mordida.<br />Quando me pergutam eu digo que estou bem,e realmente estou.Só me falta o desfecho para uma história que não criei sozinha.Sou criativa o suficiente para pensar em desfechos para várias situações,de todos os tipos...mas para esse pedaço da minha vida eu não sei o que pensar.Por mais que tenha se tornado previsível com o passar do tempo,é...eu não sei o que pensar.Mas penso que qualquer desfecho que aconteça,irá me agradar...vai me dar paz de uma vez por todas,é um paradigma.Quem disse que eu quero paz?Ter esse doce roubado de mim e ficarem ostentando ele bem na frente dos meus olhos se tornou um bom ponto para se fixar,admito.Eu gosto disso...apesar de tudo.Me faz pensar.É o tipo de dúvida que eu gosto de conviver,pode me chamar de masoquista se quiser,não tem problema.Houveram momentos em que eu quase alcancei,quase.Mas me foi empurrado pra longe novamente meu prêmio.<br />Queria concluir essa história não para sentir o sabor do doce ou pra me sentir melhor possuindo-o em minhas mãos.Mas para saciar minha curiosidade sobre esse maldito desfecho.zôhttp://www.blogger.com/profile/01830841608463140069noreply@blogger.com0