domingo, 27 de abril de 2008

"And when you're tripping over your dreams
They'll keep you down by any means
and by the end of the night you'll be stifling your screams"

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ele tinha encontrado um momento para pensar sobre sua vida ali,no meio dos papéis.Olhou para sua mesa e além de algumas pastas com seu nome e alguns clips de papel com que gostava de ficar brincando quando não havia o que fazer,não tinha mais nada ali que o fizesse lembrar de si mesmo.Nada de que gostasse.Terminou o que tinha que fazer e voltou para casa,com o escritório já vazio a não ser por um senhor que estava acabando de limpar as vidraças,ah..aquelas enormes vidraças.
No caminho as luzes dos apartamentos e dos faróis dos carros acompanhavam seu pensamento:não fazia absolutamente nada que realmente queria de sua vida.Era apenas um cara politicamente correto que como entre muitos outros tentava ter sucesso profissional,apenas isso.Mas e depois?E se ele não conseguisse?O que restaria?Nada.
Ele entrou em conflito com si mesmo achando que não era certo aquilo,não fazia sentido viver por alguma coisa que a sociedade impõe.Subiu para o seu apartamento pelas escadas,não por causa do elevador...mas por ter mais tempo para pensar em algum lugar vazio e impessoal.
Entrou em casa,tirou os sapatos e afrouxou a gravata ao mesmo tempo que sentava no sofá.
Olhou para as paredes e viu fotos de seus amigos,de sua família,seus cds.Lembrou de como tudo aquilo era bom...e que o rumo que ele estava seguindo era errado.No dia seguinte,ao amanhecer ele decidiu fazer o que muitas letras de músicas que ele ouvia anos atras o diziam para fazer:ele foi viver sua vida da forma que queria.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O dia começou,pra variar.Mais 12 horas massantes e completamente solitárias estavam por vir,ele levantou com o toque insistente e eu diria até petulante do despertador que invadia seu sono de súbito e o fazia deixar um dos únicos momentos em que se sentia bem,sonhando.
Coçou os olhos e sentiu o gelado do piso ao colocar seus pés no chão,foi andando ao longo do quarto no escuro,sabia a posição certa da mobilia por culpa de muitos tropeções nesse tempo todo.
Chegou ao banheiro com a intenção de tomar banho,as ações já eram decoradas e seus movimentos automáticos,tomou seu banho e finalmente dispertou.
Estava meio atrasado e às pressas colocou a roupa para ir trabalhar,comeu qualquer coisa e com a sua maleta em mãos deixou sua casa.
No elevador,ainda terminando de calçar os sapatos olhou seu reflexo no espelho e 'puta que pariu,esqueci meu relógio!'.O relógio era uma das partes mais importantes de seu corpo,era do pai e lhe dava uma confiança inexplicável...além de mostrar o horário e ficar bem no seu pulso,é claro.
Parou o elevador no quarto andar e em meio ao desespero por estar atrasado e desarrumado e ainda ter de pegar o relógio,acabou apertando vários botões e nem eu sei porque,o elevador não quis subir.Correu pelas escadas,tropeçando..pisando no próprio casaco que carregava,chegou ao décimo andar esbaforido e puto da cara,diga-se de passagem.Pegou o relógio,desceu todos aqueles degraus,entrou no carro e finalmente foi para o trabalho.
Ultrapassando todos os sinais vermelhos sem se importar,ele realmente estava atrasado.
Chegando perto,parou seu carro na primeira vaga para deficientes que encontrou e se dirigiu ao outro traumatizante elevador mas que dessa vez subiu normalmente.Enquanto o fazia,ele respirava aliviado mas com um certo temor por causa do horário,enfim chegou ao seu andar.
A secretária veio pelo corredor gritando e reforçando ainda mais como ele estava atrasado e que precisava ir à reunião,a vontade de jogar aquela secretária pela janela as vezes o tomava.
Enfim:a reunião.
Pediu licença e antes que pudesse alcançar sua cadeira o chefe começou a questionar o atraso,e como todas as outras vezes..dizendo que podia mandá-lo embora a hora que quisesse.Sua paciência não era das melhores porém pediu desculpas e se sentou.
Eram gráficos e conversinhas que não acabavam mais,ele estava se divertindo bastante com a ponta do lápis meio solta que ficava girando em cima da mesa.Não preciso dizer que esse emprego não o agradava,as enormes vidraças em frente a mesa o fascinavam junto com o reflexo dos outros prédios e da vida seguindo do lado de fora.
O horário de almoço finalmente chegou,ele estava muito cansado de tudo aquilo.
Foi andando pelas ruas procurando algo rápido para comer como de costume,viu um pouco mais à frente um homem vendendo hot dog e foi ali mesmo onde decidiu saciar sua fome,fez o pedido e enquanto esperava..uma velhinha se aproximou e emanando sua felicidade acabou comentando que o dia estava lindo,com uma temperatura absolutamente agradável e o quanto ela estava gostando.A primeira reação que veio à sua cabeça foi de uma resposta um pouco rude,o que afastaria a senhora mas o deixaria almoçar em paz naquele dia,em que na sua concepção estava quente demais e insuportávelmente lento,mas ao invés de fazer isso..apenas deu a primeira mordida em seu hot dog e continuou prestando atenção na senhora,sem emitir uma palavra nem assentir nada..ela não ligou e prosseguiu com as suas palavras meigas e sua risadinha leve,sobre tudo que ocorria.
Terminou seu almoço,se despediu da velhinha (unico momento em que ele se dirigiu a ela,para ser sincera) e voltou para o prédio;ficou pensando sobre uma coisa que ela disse..parece que ela estava para realizar um de seus maiores sonhos,'mas,assim...velha?' ele pensou.Ela ia fazer um cruzeiro em algumas semanas junto com seu marido,quem ela dizia ser o amor de sua vida e todas as vezes em que ela citava alguma coisa sobre ele se referia como 'meu bem'.
Pra ele foi um tanto intrigante aquele acontecimento,na hora do almoço.Passou a tarde pensando nisso,no meio dos relatórios que fazia.



*amanhã eu continuo

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Deu o horário de saída e a escola foi se esvaziando aos poucos,com os mais diversos planos para a tarde que viria a seguir na cabeça dos que a deixavam.
Ele era só mais um ali,no meio daquele monte de estudantes...reclamando da rotina,do calor,do céu azul demais e do sol que ardia seus olhos.

Ele sabia que aquela era sua chance,não a ultima...mas era perfeito.
Se aproximou dela e disse que também fazia aquele caminho para ir para casa..perguntou se podia a acompanhar,já nem lembrava mais do sol que acertava seus olhos.
Ela assentiu e os dois foram o caminho todo conversando,até a casa dela...depois disso ele não fazia ideia de onde estava e como faria para realmente voltar para sua casa,mas isso não era problema.
Pediu algumas informações para poder pegar seu onibus e finalmente voltar,não era nem um pouco perto daquele lugar.
Mas poder conversar com ela já valia qualquer coisa,fazer brotar um sorriso no seu rosto e que seus olhos se voltassem apenas pra ele.Só pra ele...o caminho todo,todos os dias.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Por que a cebola faz chorar?

Quando as cebolas são cortadas, as suas células são quebradas. As células das cebolas têm duas secções, uma com enzimas chamadas alinases e outra com sulfuretos (sulfóxidos de aminoácidos). As enzimas decompõem os sulfuretos produzindo ácido sulfénico. O ácido sulfénico é instável e decompõe-se num gás volátil chamado sin-propanetial-S-óxido. O gás dissipa-se pelo ar e eventualmente chega aos olhos, onde vai reagir com a água para formar uma solução muito fraca de ácido sulfúrico. O ácido sulfúrico irrita as terminações nervosas do olho, fazendo-os arder. Em resposta a esta irritação, as glândulas lacrimais entram em acção para diluir e lavar a irritação. É provável que tenha por hábito esfregar os olhos, mas não podia fazer pior uma vez que terá sumo de cebola nas mãos.

by wikipedia.

cebolas

Só se lembrou do que ia fazer porque a cebola estava ao lado da faca em cima da pia..como havia deixado pouco antes de ter aquela conversa.
Ah!As cebolas a ajudaram muito naquela hora: 'está chorando?' 'não,não..são as cebolas!',na agonia em que estava sem pensar muito no que fazia deve ter cortado 5x mais do que o necessário de cebolas para o tempero do arroz,quem se importa?
Sua atenção foi roubada por um objeto,que parecia resolver seus problemas e acabar com aquela dor que a tomava.A faca que manuseava para cortar o vegetal.
Parou de fazer o demorado tempero,ficou ali...só observando e passando deus dedos levemente na lâmina da faca,apoiou suas costas no armário e foi escorregando devagar até chegar ao chão.Pos-se a chorar,descontroladamente e sem se preocupar em disfarçar dessa vez.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

deus abencoe Mick Jagger e Keith Richards

Doce Canção da Amargura

Pois esta é uma doce canção da amargura,esta é a vida
Tente viver de acordo com seus recursos
Você é um escravo do dinheiro, então você morre
Eu te levarei pela única estrada em que já estive
Você conhece aquela que te leva aos lugares
Onde todas as tendências se encontram, sim

Não mude, eu posso mudar
Eu posso mudar, Eu posso mudar
Mas eu estou aqui no meu modo
Eu estou aqui no meu molde
Mas sou um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro
Eu não posso mudar meu molde
Não, não, não, não, não

Bem, eu nunca rezo
Mas esta noite estou ajoelhado, sim
Eu preciso ouvir alguns sons que identifiquem a dor em mim, sim
Eu deixo a melodia brilhar, deixo-a limpar minha mente, eu me sinto livre agora
Mas as rotas aéreas estão claras e não há ninguém cantando para mim agora

Não mude, eu posso mudar
Eu posso mudar, eu posso mudar
Mas eu estou aqui no meu molde
Eu estou aqui no meu molde
E eu sou um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro
Eu não posso mudar meu molde
Não, não, não, não, não,
Eu não posso mudar
Eu não posso mudar.

Pois é uma sinfonia agri-doce, esta vida
Tente viver de acordo com seus recursos
Tente achar algum dinheiro então você morre
Eu te levarei pela única estrada em que já estive
Você conhece aquela que te leva aos lugares
Onde todas as coisas se encontram, sim

Você sabe que eu posso mudar, eu posso mudar
Eu posso mudar, Eu posso mudar,
Mas eu estou aqui no meu molde
Eu estou aqui no meu molde
E eu sou um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro...
Eu não posso mudar meu molde
Não, não, não, não, não...

Eu não posso mudar meu molde
Não, não, não, não, não,
Eu não posso mudar
Não posso mudar meu corpo,
Não, não, não

Eu te levarei pela única estrada em que já estive
Eu te levarei pela única estrada em que já estive
Estive
Já estive
Já estive
Já estive
Já estive
Você já esteve?
Você estará?

terça-feira, 8 de abril de 2008

rotina

quando as coisas comecam a virar rotina?
As coisas viram rotina quando seus dias sao feitos de coisas normais,usuais..certo?
E nao da pra evitar,todos os dias sao relativamente iguais e bibibibibi todas aquelas coisas que todo mundo sempre reclamou e nao faz ideia do que fazer a respeito.
Mas a rotina soh depende de um ponto de vista tambem..se voce for pensar a respeito.
Um dia NUNCA eh igual ao outro,por mais que insista em parecer..por mais demorado que seja pra passar.
A gente soh precisa achar alguma coisa que a gente realmente esteja precisando,alguma vontade que venha do nada pra realizar...
Qualquer coisa,soh pra salvar a merda do dia.
Sei lah o que que eu estou falando tambem,soh tava tentando imaginar algum jeito de salvar meus dias.Acho que eu ate jah o fiz,mas nao prestei atencao..tava pensando agora.
Hoje eu brinquei com o meu irmao,logo em seguida ele falo umas merdas e eu fiquei com raiva dele mas foi bom quando a gente tava jogando a bolinha um no outro la e tal..
ah sei lah..

quinta-feira, 3 de abril de 2008

perda de tempo!

Deitada na sua cama,olhando pro teto.
Imaginando mil mundos,centenas de situacoes,detalhe por detalhe.
Como pode tanta coisa aparecer ali,naquele pedaco branco de seu quarto?Juntar tanta felicidade e tantos sorrisos no mesmo lugar..sem se mover?
Falsas lembrancas,amigos imaginarios;reencontros e despedidas que aconteceram ali,olhando para o seu teto e rolando de um lado pro outro nos lencois amarelos.
Porra,ja perdeu as contas do tanto de coisas que ela ja imaginou...eh uma coisa que ela gosta sabe?
Houve momentos em que ela pensou o que fazia ali,aonde iria chegar imaginando coisas que nao aconteceram ou que ela sabia que nao iriam acontecer.Eram soh uns minutos de manha ou antes de dormir,soh uns minutos...
Se perdia nos seus sonhos,nos seus desejos com a trilha sonora de sua mae dizendo pra ela levantar logo ou ir dormir de uma vez.
Nao obstante,teve um dia que se enxeu de tudo aquilo
Aonde vou chegar com isso?Perda de tempo...
resolveu fazer um blog e viver sua vida.

haha

terça-feira, 1 de abril de 2008

você entende de filmes,certo?

E foi quando ele a viu,saindo de um hotel,ela o fitou de cima a baixo como se estivesse de frente com algum artista de TV...'Ela poderia ser minha garota' ele pensou consigo.Foi uma coisa breve que sentiu ali com aquela moça,mas foi forte o suficiente para ele não esquecer.
No momento não deu muita importancia..continuo com mais um de seus dias de merda,cambaleando pra la e pra ca..afastando quem pensasse em passar a seu lado.Andou bastante embora não tivesse certeza do lugar nem do caminho que estava seguindo.
La no fundo da multidão ele viu um rosto conhecido,a moça do hotel.Apertou o passo,com o coração descompassado,tudo girava e ele mantinha seus pensamentos naqueles cabelos pretos e no baton vermelho.
Ela trabalhava em um cinema,ele viu.
'Ela poderia ser minha garota'.

Foi comprar cigarros,nessa angustia,nessa exaustão de existir,pra ele tanto fazia...
passou a tarde deitado em um banco de um parque de diversoes,vendo a noite cair,com seus cigarros e a vontade de apaga-los nos olhos de todos os casais que o cercavam.
A chuva começou a cair,levando aquela angustia e trazendo os seus delirios mais loucos de dentro dele,pra fora..pra fora.
Ele foi ao cinema,debaixo daquela chuva..ah..que chuva!
chegou encharcado e a viu ali,no balcão de ingressos..

-Posso te ajudar?-ela perguntou,seguindo o padrão que seu emprego pedia.
-Não sei,pode?
um olhar de desdém tomou conta do rosto da moça..ele não ligou..
-Você entende de filmes,certo?
-Bom..isso é um cinema.
-E você ja viu aquele filme que o cara anda na chuva e pergunta a garota se ela ja viu um filme que o cara anda na chuva e se apaixona pela garota?
Ela olhou em volta meio preocupada com o que estava acontecendo,sem saber o que dizer...
-Não..nunca vi esse filme.
-Você ja viu sim.-ele insistiu sem se importar com o resto das coisas que aconteciam ao redor.-Eles se conheceram no hotel,no hotel dela.
-Não..nunca ouvi falar disso.
-Você tem certeza?
Saiu pela porta do cinema,sem dar tempo para ela dizer qualquer coisa.
dia de merda,vida de merda..ele repetia.
Estava quase cruzando a esquina...ela saiu correndo atras dele,debaixo da chuva que insistia em cair.
Quando o alcançou,puxou seu braço sem formalidade e delicadeza nenhuma.
Ele viu aquele baton vermelho e os cabelos que tanto admirava antes desarrumados.
Achou lindo da mesma forma..
-Eu..sei de que filme falava.
-Lembrou?
-Lembrei,Eh o filme que a garota corre na chuva atras do cara para dizer que ela esta apaixonada por ele.


resolvi escrever isso depois de ver um clipe do babyshambles.OIHSADIUHDAS (fuck forever,pra quem quiser saber...)

beijos :)